Poesia Órfã
De peito aberto
Paloma teu coração
Sinto teu pulsar por perto
Quando desces
A comer em minhas mãos
És livre, sobrevoa sem destino
Pelas notas da canção
De composição deste desatino
Descalça na letra de uma solidão
De peito ferido
Repousas neste galardão
À noite te assalta
A procura de abrigo
Amanheço contigo em busca do pão
Meus olhos saltam em desespero
Quando te misturas à imaginação
Se não te vejo reclama meu peito
Singela Paloma com toda razão
Onde estás, pequena pomba
Que desertas minhas mãos
Na candura do teu voo
A letra desta poesia tornou-se órfã.
“Homenagem a Paloma Cristina Zacarelli”.
Marcelo Henrique Zacarelli
Itaquaquecetuba, 27 de maio de 2002.

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