Cigarro Amigo
De bituca em bituca
Nas calçadas desta vida
És falado mal nas bocas
Desta sociedade maluca
És como eu
Consumido a cada trago, e....
Queimando assim por dentro
Até que a cinza nos separe, és assim como eu
És comprado pelos bares e eu pelas urnas
Causando a dependência da cabeça imatura
És comprado como eu pela falta de cultura
Cigarro amigo
A cada suspiro na cadeia de inimigos
És fiel até a morte do primeiro ao vigésimo
São tantos a serem consumidos
Se te lanço dos meus dedos
É que não te quero nos meus lábios
Tua alma em fumaça dispensa da narina
Se te lanço dos meus dedos
És bituca, cigarro amigo...
Nas calçadas desta vida.
Marcelo Henrique Zacarelli
Itaquaquecetuba, 18 de maio de 2002.

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